Pesquisadores do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) desenvolveram um sistema que utiliza energia solar para retirar o sal da água do mar, tornando-a potável. Não se trata da primeira tecnologia do tipo, mas é a mais eficiente. Cada metro quadrado da coisa gera 5,8 litros de água doce por hora. Isso é o dobro do que se conseguia até hoje com sistemas parecidos.
Para entender como o sistema funciona, vale lembrar como a própria natureza fabrica água potável a partir do mar. O calor do Sol evapora a água salgada, e o que sobe é H2O puro. Depois, nas nuvens, ocorre a condensação, tornando a água líquida novamente, que cai na forma de chuva. Agora, ela está pronta para retornar aos rios, lagos, represas e torneiras.
O pulo do gato aqui é o seguinte: depois da primeira placa, há várias outras enfileiradas. Cada uma delas é equipada com uma camada de papel toalha e um condensador. Mas, olha só, elas não precisam ser aquecidas pelo Sol, pois reaproveitam a energia que foi gerada naquela primeira fase, essa da imagem acima.
Mas como o calor é mantido? Bom, o sistema fica revestido por um isolante térmico de aerogel, que nada mais é do que uma película similar à das lentes de contato. O protótipo do sistema opera com dez placas assim. E a ideia é construir o sistema mais barato possível – até por isso o uso de papel toalha, um material completamente acessível, como absorvente.